Page 148 - Livro Tratado de lesões da coluna no esporte
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5.3 Síndrome facetária
A anatomia e a biomecânica das articulações face-
tárias já foram bastante estudadas, bem como a síndro-
me facetária na população geral; no entanto, existem
poucas publicações abordando a síndrome facetária
em atletas. (15)
Não há, até o momento, um método consolidado para
diagnóstico, pois os diagnósticos diferenciais são variados
e há uma sobreposição nos sintomas e sinais encontrados.
Mesmo os mecanismos que levam à patologia podem se
sobrepor, como osteoartrose, lesões capsuloligamentares,
cistos sinoviais, lesões e degeneração da cartilagem arti-
cular, além de lesão muscular dos multifidus. (15)
O quadro de dor facetária começou a ser estudado
já em 1911 e nos anos subsequentes, por meio de es-
tudos cadavéricos. O termo “síndrome facetária” surgiu
(16)
em 1933 por Ghormly. Estudos histológicos mais re-
centes demonstraram que a região facetária é rica em
terminações nervosas nociceptivas, que são estimula-
(17)
das por meio da compressão e da distração.
Articulações facetárias são pareadas na porção pos-
terior da coluna e junto ao disco intervertebral, na porção
anterior, correspondendo à unidade funcional da coluna.
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