Page 505 - Livro Tratado de lesões da coluna no esporte
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19.6.5 Fraturas do atlas (vértebra C1)
São raras, ocorrem devido a trauma craniencefálico
(TCE) axial e frequentemente estão associadas a outras le-
sões cervicais. (33-35) O mecanismo de fratura de C1 leva ao
afastamento dos fragmentos e ao alargamento do canal
medular. Assim, essas fraturas raramente causam compres-
sões medulares. Entretanto, os fragmentos podem compro-
meter a função de nervos cranianos que passam pela região,
como o glossofaríngeo (IX), vago (X) e hipoglosso (XII). (29,33,36)
Se não estiverem associadas à lesão neurológica compres-
siva ou instabilidade, podem ser tratadas com imobiliza-
ção com colar cervical ou halogesso por 6 a 12 semanas.
Nos casos com instabilidade, o tratamento é realizado com
artrodese C1-C2 ou osteossíntese de C1, quando possível.
19.6.6 Fraturas de C2
Fraturas do áxis (vértebra C2) normalmente acon-
tecem na região do odontoide ou na região pedicular,
sendo que, nessa última, pode gerar a espondilolistese
traumática do áxis.
19.7 Fraturas do odontoide
São as fraturas de coluna cervical alta que mais
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comumente ocorrem em atletas. Na maioria das vezes,
Sumário 503