Page 47 - Livro Tratado de lesões da coluna no esporte
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praticamente metade do movimento de flexo extensão
(occipto-C1) e rotação (C1-C2) da coluna cervical, por não
ter limitações (contenções ósseas), necessitando estabili-
zação pelo ligamento transverso, que evita deslocamento
posterior do processo odontoide e dos ligamentos alares
e apical, que centralizam essa estrutura. (1,2)
Situações que afetem a transição occipto-C1-C2 de-
vem ser observadas com atenção em indivíduos que pra-
ticam atividades físicas. Pacientes com síndrome de Down
ou com malformações na coluna cervical podem apresen-
tar instabilidade nessa região (Figura 1), e, ao praticarem
atividades como cambalhotas ou natação, poderão ter
dano neurológico irreversível. Dessa forma, a avaliação
A B
Fonte: Banco de imagens do autor.
Figura 1. (A) Radiografia em perfil de coluna cervical de paciente com
síndrome de Down, com flexão da cabeça, mostrando aumento do
espaço entre a porção anterior de C1 e o processo odontoide. (B) To-
mografia computadorizada mostrando a parte superior do processo
odontoide deslocada anteriormente junto do arco de C1.
Sumário 45